21.10.15
deus eu te perdoo por não existir, eu te perdoo por me deixar falando sozinha, te perdoo como Clarice tb te perdoou. deus, vc é uma criança com brinquedos demais nas mãos, e nem mãos vc tem. eu te perdoo por nunca me explicar o motivo daquela noite na qual acordei aos murros e pedi pra vc me levar. eu te liberto de mim como obrigação sua, eu peço licença e me emancipo da sua divindade sempre ausente demais. deus, você não tem ouvidos, mas eu te perdoo por não me ouvir. deus crápula, você merece perdão e eu sei q vc pede, chorando no seu travesseiro de nuvem. pra quem vc reza, deus? teu filho morreu, nunca casaste, nunca nem te viram para poder te estenderem uma mão por acaso. eu te perdoo pelas esquinas cheias de fome e por esse meu peito rasgado de perguntas q vc plantou e foi embora.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário