com vista para fora, com olhos discretos e murchados de tanto ver
escorre a noite, essa velha traiçoeira que me pede esmolas
e se esconde de dia em palácios luminosos
quando visto tua pele e teu manto escuro
te peço um beijo, e nada acontece
quando me encolho num canto de mim, derrotada pelo esforço de querer
rastejas feito cobra
me olhas feito cão
e me beijas o teu assombro
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