o que seria do povo magro sem ti
de que rangeriam os dentes afiados de tanto roçarem uns nos outros
quem morde a carne morde também a ausência da carne
como sorriria minha boca sem tua ausência entre os molares
há um gesto contido nos músculos da face
a tensão abraça o estômago e aperta
não te findes, fome
já não cabe mais nada
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