que queimava louca nos dias de sol
e desatinava doída nos dias de chuva
que sempre tive oitos escuros
e oitentas eufóricos
eu brincava com fogo
e bebia o xixi da cama
e as paixões
lindas e vindas
despelavam no sol
como casquinha de verão
para nascer de novo
no primeiro piscar
de olhos vermelhos
todas as primaveras
que brotavam do toque
do batuque
do tchibum
e splash
o que aconteceu?
o silêncio comeu.
e os dias de fogos
no meu quarto
as panelas fervendo
e os copos sempre
meio cheios
esvaziaram-se para dentro
esmoreceram
enmorneceram
e toda a chama
chamou em vão
toc toc
quem é
é a solidão.
e a doença devora solta
de dentro para fora
e o de dentro
parou lá fora.
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