31.5.10
armadilha viva
30.5.10
transplante cardíaco
on the road
famiglia
27.5.10
escolha uma vida
26.5.10
satyagraha
25.5.10
um, dois, três, e...
eu preciso saber
por favor
i'm satellite high
24.5.10
ostra feliz não dá pérola
23.5.10
memento audere semper
li uma vez sobre uma judia do holocausto que, ao ser questionada sobre como fez para sobreviver à tanto horror, respondeu "imaginei, era preciso muito imaginação para não se deixar morrer naquela realidade." eu me pergunto se isso é fuga, ou inteligência, e até que ponto a fuga é a melhor forma de inteligência? porque é verdade que sentir está fora de questão num terreno que suga todas as suas forças, é bem verdade que algumas dores não nasceram para ser sentidas, apenas suportadas. me lembrei agora de um trecho de harry potter em que existia uma prisão onde toda e qualquer felicidade era sugada para fora de você, e você enlouquecia nos seus pensamentos e sentimentos mais sombrios. eu me lembro que perguntaram para um personagem "como você escapou disso?" e ele respondeu "eu sabia que era inocente, e isso não era um pensamento feliz". então às vezes me permito um momento de branco completo, onde troco todos os meus sentimentos por uma leve imagem de dias melhores enquanto repito mil vezes para mim mesma até que minha consciência absorva como verdade "existe vida além daqui, se eu conseguir me imaginar além daqui. eu sei que sou inocente, e que por enquanto isso não é um pensamento feliz, mas lúcido."
21.5.10
três
i am satellie high
com a vida inteira
19.5.10
over
18.5.10
a fonte
por isso é melhor fechar a janela dos olhos e afastar com a pata quem farejar o medo, permanecer na distante segurança de quem se finge de morto. o seguro é o indecifrável, as frações de ser que pouco a pouco tomam uma forma diferente lá fora, uma forma líquida que vai escorrendo como um fino véu de mentiras que endurece e vira pele. toda leveza de uma alma se esconde atrás de um pedaço de carne podre, a superfície rasa de várias camadas de ondas que afogam qualquer tentativa de escape. freud chamava de "mecanismo de defesa", eu me pergunto "contra quem?"
nós mesmos.
aqui está a salvação do universo; unir versos.
unir palmas e cantos, unir corpos em danças e unir o medo à exploração. unir as forças e romper com a barreira viva, aguamolando em pedra dura até respirar o ar de verdade. abaixo do medo, eu. acima do medo, nós. o medo da solidão empurra para fora num parto que rasga todas as regras e ficamos estabanados sem saber fechar aquela ferida de tanta verdade, aquela ferida que dói de verdade, fugiu da rédea e foi. só nos resta unir a dor à ferida, a mão ao sangue, a saudade à entrega, o lábio ao beijo, a alma à outra, as superfícies que se afogam nos profundos. unir o pensamento à fala, o querer ao ser, o eu ao você em um simples medo de verdade de nunca mais ser nada disso novamente.
nós, mesmo.
todas as marias
16.5.10
real
Sentir aos poucos não quer dizer sentir pouco, entenda isso, meu amor.
14.5.10
13.5.10
aos poucos muito
10.5.10
jorge drexler
o que flor, quando flor
9.5.10
mil
vem buscar
pedaço de mim
desculpa se te chamo de amor
3.5.10
medo é cheiro que se sente
o que for, quando for
Keeping up is bound to wear me down
There’s a million ways to skin a cat, I’ve put my choices in a hat
Picked a few and threw the bad ones out
I know now
So if you want me you’d better knock me down
Cause I ain’t easy and this ain’t hallowed ground
I’ve been thinking about ol’ Cain and Abel, sitting at a breakfast table
Talking about the way things used to be
Well Abel looked at Cain and said all that shit was in your head
I’d like to think that Cain was hard to please
I know now
So if you want me you’d better knock me down
Cause I ain’t easy and this ain’t hallowed ground
She said no one loves you more than me
I looked at her, she looked at me
I think she’s waiting for me to believe
I wish that love was all it took
I’d fall into you if I could
Hoping for a graceful recovery
But I know now
So if you want me, you’d better knock me down
Cause I ain’t easy oh, and this ain’t hallowed ground