25.1.16

a raiva não passa. de quem? dela? não, de mim mesma.

por ter sido tão cega ao ponto de amar um monstro, de amar algo que mal chegava a ser alguém, tamanho o egoísmo e auto-indulgencia. por ter dado, mais uma vez, o ouro de mão beijada, nas mãos do pior ladrao que existe: o que rouba por prazer, e não necessidade. 
mantenho o silêncio, como quem gesta uma criança grande demais para ser gestada ainda. o erro foi meu.
já não és mais nada para mim, além de um sentimento vermelho ruidoso que me incomoda às vezes. e a sensação de paz, a sensação imatura de que pela primeira na vida estou sabendo aprender algo de fato. não quero ser alguém menor, não quero amar menos, como costumava dizer antes, não! quero amar mais e melhor, e escolher com carinho e respeito quem dividirá comigo o caminho. tenho tantas palavras para descrever o desgosto, mas sabiamente agora eu sei as melhores: não vale a pena. continuarei perdoando quem errar, continuarei sendo gentil com estranhos, vou amar os dias que vierem, como vierem, como virão. o que eu posso dizer a mais? que estou magoada? que a decepção ensina a viver? não, isso é óbvio demais e deixo para os que fazem da vida essa coisa tão justa e pequena.


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