31.10.15

I could really use a new life right now
you got me the wrong milkshake
icecream
i hate you
Im sorry for being here
like an unwanted guest of no one
life is raw material
to write about 
under all the colors of the sky
you steal my love

30.10.15

tem alguma coisa num hálito matinal de alguém que acordou ao seu lado, Ravel o cheiro da intimidade.
boa viagem
até amanhã
troca a roupa e o dia 
sim, é da boca pra fora
mas antes da boca veio a garganta
e antes dela o peito
o estômago
as entranhas
o sexo
eu, sem jeito

tpb

não me importa se um dia és norte e no outro sul
eu te amei todos os dias
até nos dias em que o amor era outra coisa 
talvez um pouco mais escura, 
meio sem rumo
totalmente sem sentido

Luiza

I have loved you all along

borderline

na tua mente nada
além de tudo que já existiu debaixo do sol

29.10.15

iphone

onde duas ou mais pessoas estiverem reunidas, eu estarei presente.

you should

de verdade, escrever é como um mapa q vc deixa pra vc mesma em dias como hj

28.10.15

é meia noite 
e fora o tempo
nada pode dizer
que a noite está pela
metade

para Solange:

tenho consciência do momento exato que vou explodir, por exemplo; segunda-feira Luiza me disse que era borderline. Sim, no primeiro momento o que senti foi inveja, depois rapidamente uma raiva de mim mesma por senti-la, e então, mesmo que ela me pedisse "fala, me conta, pq ficasse tão estranha de repente?" não conseguia sair de mim, nem aceitar dentro de mim, a ideia do sentimento que tive. por que invejava aquil? seria o alívio que eu queria ou a atenção de ser o centro, a border? E depois o que? Travei em raiva. Primeiramente de mim, porém expressa totalmente através dela. Saco de pancada. "Voce tá com raiva pq queria ser border, não é? Eu sei que é" e então a gota d'agua. "Pare o carro, eu quero sair, pare o carro, me deixa ir embora, vc não entende nada" e então passou-se uma hora de falta de ar, de vista vermelha de ódio. Eu saiba que ela mandaria a mensagem, eu respondi bufando "morre, eu te odeio, vai embora, vc n entende nada!" 

"EU TE ODEIO VC JÁ TEM SEU DIAGNÓSTICO AGORA ESPERO Q VC MORRA DELE"

tremendo de raiva, bufando de raiva, raiva irracional, abro a porta e vou comprar cigarros e por um segundo me sinto perdida, em lena consciência do que fazia, alimentando ainda mais aquela raiva. 

"Ele disse que algumas pessoas não precisam de muitas consultas e que eu era o tipo de borderline que faz mal pra si mesmo"

(Então eu sou o tipo ruim, o tipo que faz mal pros outros, o tipo que eu mesma não queria ser, o tipo que destrói, o tipo que inveja esse diagnóstico no lugar de estender uma mão e ouvir)

"Por que tas assim tão estranha? Tas parecendo outra pessoa, às vezes tu parece outra pessoa"

"Não to estranha, só quero ouvir"

(Eu sei que to estranha e eu não sei o que fazer pq a qualquer momento o monstro vai surgir aos golpes, só queria q ngm me perguntasse nada e eu não fosse eu)

"Não, tu tas estranha sim, o que foi que eu fiz? Tu tava de boa agorinha."

"Não é nada, fiquei esperando esse tempo todo e tava ansiosa pra saber como foi tua consulta"

(Eu to ansiosa, eu quero explodir, se eu te contar o que pensei vc ngm jamais gostaria de mim, eu sou de fato uma pessoa ruim)

"Queres fazer alguma coisa?"

"Me deixa em casa"

(Por favor, não me deixa, por favor, eu sou uma pessoa ruim, vai embora)

"Oxe, tu quer ir pra casa?? A gente mal ficou juntas hoje. O que é que tu tem hein, pelo amor de Deus? Não adianta dizer que tá normal"

"Eu to normal, só to cansada"

(Eu quero tudo e nada e não queria ser eu no meio de toda essa ansiedade, eu não sei, eu vou perder o controle, eu não sei quem sou)

Para na farmácia, quase um piloto automático, tomada pela ansiedade, pelo medo, pela raiva, meu deus se vc existe de onde vem tanta raiva? Compra o remédio, eu nem existo nesse mundo onde meu cartão de crédito foi negado, eu quero ir embora de mim. De novo tudo isso, e ao mesmo tempo que machuca, tem alguma coisa de bom, de vivo. Em cinco minutos estarei urrando de raiva e desespero, abandonada por algo que eu mesma criei. Em cinco minutos eu descarrego minha metralhadora de palavras em você sem nenhuma, N E N H U M A, consideração por você, pelos seus sentimentos. Em dez minutos eu me martirizo, eu sou a pior pessoa do mundo, sempre EU. 

"A culpa é sua, vc disse que eu queria ser borderline"

(Eu sei que a culpa é minha mas eu não aguento isso, então te dou ela a todo custo)

"Vc podia ter conversado comigo, eu não aguento mais isso, esse acaba e volta, vc não sabe conversar, simplesmente explode sem falar nada"

"Eu sei"
(Eu sei)

E agora, o que tenho a dizer sobre isso e sobre os dias onde chego em casa e já sei que vou me martirizar procurando algo sobre borderline ou histrionismo, onde sinto surgir o desespero no meio de um sorriso que mal acabei de dar, sozinha no meu quarto pesquisando mil coisas e me perdendo no que sou e não sou, perguntando para André o que eu sou, afinal, pela milésima vez, você vai enjoar de mim, por favor na me abandona tá? Ele ri, me diz que não, tenho meus problemas mas não sou nada disso, e que diferença faz um nome? Você não vai deixar de ser feliz seja lá o que vc for. Mas não para aí, eu deveria estar estudando, eu deveria estar fazendo alguma coisa boa para mim mesma e to aqui, mais uma vez me perdendo no desespero e buscando ajuda e me perguntando coisas que são duras demais pra responder sozinha pq às vezes eu sei as respostas, mas queria que fossem outras. Eu estou perdendo tempo e postergando tudo, foi assim no vestibular, foi assim na faculdade, vai ser assim pra residência também? Sera que esse não passa de um mecanismo meu para me impedir de seguir em frente com a vida que eu tanto temo, que eu tanto me sinto incapaz? Eu não sei mais no que acreditar, a verdade é essa, não sei se acredito nas minhas próprias mentiras ou se me perco nas verdades absurdas, ou os dois, eu não sei quem sou e demora um longo tempo até que volte a bater no ritmo normal, o coração. Então eu escrevo, estou aqui, escrevendo, não é útil, mas também não me dói tanto, alivia. E quem garante o amanhã? E quem garante os próximos trinta minutos? Tudo muda o tempo todo e eu só tento me manter sabendo, ao longo de tudo que me acontece, ou que faço. Preciso assumir que faço as coisas, que não sou vítima ou irresponsável pelas minhas ações. Sei. Desde quando saber me trouxe algo bom? Quando foi que essa inteligência me trouxe descanso? Tantas vezes consegui pensar até ficar infeliz, nunca o contrário. Vou tentando falar algumas das coisas indizíveis, como o sentimento de inveja. E a terrível certeza que uma parte de mim quer que tudo isso aconteça. Até quando?

27.10.15

Deuses embriagados jogam dados de oito quinas
Volto pra minha sina pois alguém perdeu

Fracas estrelas das capitais
Pequenas baionetas apontadas pros mortais
É seguro ser aqui longe

Não fecho os olhos até que abaixem as armas
O mito do sol acorda o mito da vida
E nas noites não dormidas
Sigo atento ao primeiro disparo
Saiba que o sono dorme onde eu não adormeço
Que a calma descansa onde me levanto
Que as tuas mãos, embora tanto,
Não seguram nunca o meu apreço 

Saiba que o que sei é pouco
Qua a noite cai no fundo da minha mente
E o sol não queima o suficiente 
Para que saia o meu grito rouco


Já se vai o último cigarro
No sexto aceno
Você me disse até logo
Eu não disse nada
O até nunca é logo
Segue segue segue 
Cega Joaquina
Me pedisse olhos
Te dei minhas maos
Segue, cega Joaquina
Aqui não tem nada para ver

Mae

Mãe, me ajoelha de fronte a tua cruz
Me prega que eu preciso parar um pouco e descansar
Suspensa de todo suspense
Mãe, me acolhe
Embora doa, você pode doer comigo 
Como se hoje fosse domingo
E toda vida uma missão de paz

Mãe, te perdoo por me perdoar
Eu que coube em teu ventre
Hoje não caibo em nada
Me liga de volta ao que era
Me gera um pensamento bom pra eu não poder lembrar
Brusca explosão de incontinencias
Deus, por que maos tão pequenas 
Quando há tanto a ser contido?
Espingarda de dois lumens
É um dedo no gatilho e outro no cano
E o terceiro momento apenas observa
O segundo disparo incontido 
Vem branca
Teus rios
Não riem mais
A terceira margem, no meio
Acontece apenas quando acontece de alguém remar
Um cigarro atrás do outro
Fila indiana de cigarros americanos
Eu, tão sem fronteiras,
Estrangeira a tudo isso

doces bárbaros

Atiraste uma pedra no peito de quem só te fez tanto bem
Chegamos, grita o marujo
De bocas secas, gengivas sangrantes
Os dentes ainda soltos
Na minha pele doce
Você precisa de limão, meu amigo
É terra?
É firme?
Prometeste descanso, senhor capitão 
Finco os pés
Choro quando afundam 
Em mais uma nuvem bem densa de escorridos e transcorridos
Azeda ilusão
Quase cítrica, quase cura 
Você precisava disso

Minto, digo que não
Rastejam as perguntas
Afirmo que não
Balanço a cabeça 
Chacoalha tudo
Lá dentro, sei que sim
Que querer é algo mudo
Sinto muito, e é por isso que sinto muito
Sentir é pouco
Pro tanto que sinto
Às vezes 
Vejo os dias como pequenas lágrimas que se recusam a tocar o chão
Com medo de abandonar a vista
Grudados aos cílios
Impedindo de ver os outros dias 

Sedento cão, rabujo puro,
Os ossos roídos de metal
Hora dourado, hora perdida
Queres água assim todo enferrujado?

Por que essa raiva acumulada numa mala de 25 chaves?
Por que perguntas, se te escuto de dentro
E não sei dizer?
Em uma quina da cabeça, embora seja redonda 
Perde-se o mundo inteiro
Embora seja redondo também
E recomece amanhã cedo
Demais
É triste o fim, o fim infinito das coisas que não terminaram ainda
O fim repetido
O indesejado fim conquistado
Miro lá longe e todo meu reino não passa dos cacos que cultivei 
Sentada no peito de alguém
Só para ver mais alto
Quando inspira
E cair de frio na barriga
Quando assopra

O fogo manso abafado não precisa respirar mais
Precisa apagar

Semana que vem faz sete dias desde hoje
Até lá, quem sabe
Tiro os pregos novamente, faço festa dançando na fogueira da cruz
Me benzo de todas as ausências
Faco luz com tudo que arde 
A gente se vira

Novamente perdida nesse caminho tantas vezes traçado
Os pés travados se recusam a caminhar
Eu sei sonhar de noite
Eu sinto o sol de meio dia
A hora mais quente
É também a mais escura
E a gente derrete de frio, a gente tenta 
Eu e meus comigos
Tenho cultivado tão ralo desprezo pelo possível 
Tenho medo de sobra
Que não se mede na alma dessa única vida
Nem das outras por vir:
É quase amor o que sinto por mim
Se não faltasse você 
Morde a isca, peixe gente
Sem pés para correr
Desse aquário da mente
Então faz tempestade
Varre a água, o peixe e a metade
Humana
Talvez seja melhor, eu não sei
Tem sempre um talvez 
O meu reflexo é nulo
Quando ninguém segura o espelho
Eu vejo através do visto 
E me dou por mal assombro
De um edifício pobre de muro
E carente de gente
Seguir em frente, eu consigo,
Sem medo, não sei
O frio que dá estender os braços abertos
E não ter nada para segurar
Tire um tempo para por a cabeça no lugar
Guarde de volta o que bate
Acalma a calmaria
Quando tudo for excesso
De dias, de choro, de oco
Lembre-se do louco falando sozinho naquele beco da rua do posto
Lembre-se como seus olhos refletiam exatamente seu rosto
E dos paraísos que perdeste
Cismando em ser outro
No dia exato em que cerrar o tempo
Terei dito tudo
Terei feito tudo
Findará com nada

O meu acima de tudo é sempre abaixo de você

É preciso amar
Derreter no sol o medo
Bronzear o coração
E depois, tarde,
É preciso aceitar
Quando a chama toma conta
E o incêndio indica
A hora perdida de partir


Às vezes acredito que sou feita de tudo que perdi e que, por isso, insisto em perder tudo que amo.
Talvez o ferro pudesse conter
Ou uma tigela de barro bem moldada
Ou quem sabe até um copo d'agua
Mas não, 
Há tempestade demais 
E ossos enferrujados
Uma fenda profunda nos olhos
Desculpar:
Perdoar alguém pelo seu erro enquanto a outra pessoa se culpa 10x mais.
Não posso dizer que não sei o que houve aqui dentro desse lado esquerdo,
Torto,
Músculo liso
Foi um cisco 
No olho do peito

Não sopra.
Você me tem como um novelo de lã tem ao gato, sem nem saber que com ele brinca
Sem nem saber que ele é bicho
Que morde, arranha, caga

Eu te enrolo, te prendo entre as patas
Te sorrio 


Eu te odeio, de coração
Mas não me julgue por isso sem que antes eu possa dizer:
Eu te amo de cérebro, alma e estômago

Saudade, aquele órgão transitório que as vezes cresce no peito
E quando tudo se vai
Insiste em ficar de qualquer jeito

Luiza

Sim, foi descuido quando meu peito sem querer bateu no teu
E foi escudo quando minha mão, sedenta dos teus cabelos, 
Se lançou contra teu sorriso
E foi um aviso 

Minhas linhas às vezes se apagam
O teu sorriso dilui 
Nas palavras que lanço feito dardos num alvo profundo
Eu te perdoo por me perdoar

É que, sem querer, eu te quero tanto
E tão perto e dentro
Que não sei cruzar a ponte sem antes me atirar
E te ver morrendo

Feito duas chamas no mesmo incêndio
Eu não ouso te apagar

Sim, foi descuido, foi escudo, foi duro dos dois jeitos
Sei bem, meu amor não é perfeito,
Mas ele foi feito pra te dar
sometimes I believe im made up of all the things I lost and thats why I keep losing everything I love the most
The country with ever changing borders
deixe-me ir, preciso andar
vou por aí a procurar sorrir para não chorar
É preciso ir quando ficar torna-se um incêndio 

Luiza

Sinto tua falta desde o primeiro abrir dos olhos até o último bocejo na noite inquieta. Acordo com uma injeção fria pela espinha, um líquido gélido e viscoso que me lembra exatamente onde estou: aqui sem você. Sei que é para melhor, principalmente o seu melhor. Não sei porque insisto em destruir tudo que amo, quase que destruindo a mim mesma em dobro. Garotaria de ter a resposta para essa e tantas outras perguntas, mas talvez isso seja a vida, esse eterno acontecimento do nao-saber. Sei que cada segundo que passa fica um pouco mais eterno, e que cada pequena eternidade dessa parece uma vida longe de ontem. Gostaria de cortar minhas maos e dá-las para que você as beijasse e me dissesse que está tudo bem agora, que elas não machucariam mais, mas ainda teria a culpa que mao nenhuma carrega.
maybe time is all we need because its all we have

26.10.15

Ive been sitting in this motel room
Where she comes and goes like the flu
Yes im a patient to your love
Tell me doc, is it bad?

25.10.15

Where's the other soul in my fish bowl?
and here we are again; mudou de novo, perdeu o nome, não sabe o que dizer. 
como falar de uma forma que você entenda 
I am sorry
I am sorry
I am ao scared, my palms are sweaty and I dont want to go home
trust me: you have to hang on to these good days like old widows hang to their black and white photographs
here I go again
So far away from me
here I go again
So far away from me

24.10.15

estou aqui

voltei depois de dois dias de ausência, de ossos roídos sem medula. um casal de dias inferteis, posso dizer, onde toda tentativa de desejo era um fruto podre ainda no galho. estou de volta, Luiza dorme envolta das colchas como um pequeno novelo de ossos frágeis e pensamentos densos. tudo me acalma e me anuncia o recomeço que já nem conheço: acabou a era, se é que posso chamar tão curto período de tempo de era, da solidão inócua. mas assim me pareceu, para quem estava dentro da ampulheta esperando ansiosamente o último grão daqueles dias caírem. e agora o shift, a mão voluntariosa é imprevisível que levanta a ampulheta e gira, quase que invertendo os polos da terra. mas não, sei que o que me aconteceu aconteceu apenas para mim, sendo assim indizível a exata quantidade de tempo que se passou desde aquele último inverno. tenho mil estações, não como um trem que segue sua linear, com pausas programadas, sempre cheio e vazio de gente. sim; tenho mil estações tal qual uma locomotiva, louca emotiva, a qual todas as noites pequenos homens levantam do chão sua rotina de ferro e as desviam por outros caminhos, por vezes inabitados, por vezes em círculos sadicos ao redor de um centro que jamais atinge. há colisões, por vezes, entre minhas estações, porém não se engane quem acha que são frutos de acidentes; o caos segue a linha e a linha estava sempre deitada antes dos passos, não podendo haver acidente devido à ausência de espontaneidade no desastre. 

23.10.15

oh my heart, my swollen, purple heart
keep the red and keep the blue
cause the red is my mind
and my blues are for you
oh my heart, my swollen, purple heart
keep the red and keep the blue
cause the red is my mind
and my blues are for you
here, take my nails to bite
you may kick me like a swollen drum
if it makes you better
you can have it all, all of my emptiness
here, take my nails to bite
you may kick me like a swollen drum
if it makes you better
you can have it all, all of my emptiness
I can only know what I feel.

22.10.15

olha o celular, vê o Instagram, observa as pessoas sendo; como elas conseguem resistir?
eu não sinto nada, na verdade. fico aqui sentada no meu balanço, fumando marlboro light, enchendo a telha de bitucas. hoje foi o dia mais longo da minha vida e eu não tenho nada pra dizer. 
I lost so much more than I ever had
you have made some choices, but it was the things you could never choose that made you

sem duvidas

o dia mais longo da minha vida
você acha que sabe de tudo porque já fez anos de terapia, porque já leu mais de cem livros de auto ajuda, até que um dia como esse te arromba a porta e te aperta contra o colchão, imóvel, impotente, contando apenas as respirações abafadas no travesseiro molhado.
I am sorry for calling you lover
I keep hoping for something that never is
Smoking a cigar, killing myself while killing time.
I am smiling at dogs because I think they know
I am hardly here at all and I cant get through the idea that I ever will again.
I am sorry for everything that is not here
"Quem ela quer pegar sou eu"
I have lost so much that I lost loss itself.
I have lost so much that I lost loss itself.
eu não consigo te odiar 
how could I let you do this to me?
como pode doer tanto onde não há nada?
pedi demissão, quero ir embora, quero ir embora, quero ir pra casa, quero minha mãe, quero colo quente, quero parar de chorar, quero ajuda, não quero nada.
você me machuca quando tudo que eu quero é poder te ver ir embora sem uma gota de sangue nem de lágrima. 
I wish life would vanish like a magic trick, and I would be left with the awe of not being.

21.10.15

People keep talking about death like some kind of modern days absurdity.

deusespero

sensação de abandono após inúmeras preces ignoradas

deusistência

ato de desistir de deus após inúmeras súplicas 
Uma pedra no tempo
Rega a pedra
Perde o tempo

I dont know

what am I doing to myself?
Is there a museum for broken people
Where schoolkids go
To learn about love?

Carolina e o futuro

no golfo da Flórida
ou no Nordeste do Brasil
o futuro está sempre aqui
Presente no medo

never tell me again

todos temos problemas, coisas com as quais temos que lidar, e todos nós levamos eles para casa de noite, e levamos para o trabalho de manhã cedo. Eu acho que tudo isso, essa impotência, essa constatação, esse mal presságio, estar à deriva em um mar sem boia nem salva-vidas, quando você achou que seria você quem jogaria a boia
deus eu te perdoo por não existir, eu te perdoo por me deixar falando sozinha, te perdoo como Clarice tb te perdoou. deus, vc é uma criança com brinquedos demais nas mãos, e nem mãos vc tem. eu te perdoo por nunca me explicar o motivo daquela noite na qual acordei aos murros e pedi pra vc me levar. eu te liberto de mim como obrigação sua, eu peço licença e me emancipo da sua divindade sempre ausente demais. deus, você não tem ouvidos, mas eu te perdoo por não me ouvir. deus crápula, você merece perdão e eu sei q vc pede, chorando no seu travesseiro de nuvem. pra quem vc reza, deus? teu filho morreu, nunca casaste, nunca nem te viram para poder te estenderem uma mão por acaso. eu te perdoo pelas esquinas cheias de fome e por esse meu peito rasgado de perguntas q vc plantou e foi embora.
as crianças carregam fuzis maiores que qualquer coisa que já comeram, as crianças matam antes de viverem, e morrem em vida, nessa vida que algum deus absurdo plantou no mundo
deus, eu te perdoo, eu te perdoo por nem existir mais, mas nesse não existir, não posso te perdoar por ter me deixado aqui sem ti.
a mão que acaricia os cabelos não pode ser a mesma que se aproxima das tuas têmporas e as joga contra um tapa 
não há mais cortes em minha pele, nem mágoas no meu peito;
já não há mais pele nem peito
no golfo da Flórida
ou no Nordeste do Brasil
o futuro está sempre aqui
Presente no medo

20.10.15

I felt like grabbing the sound of crickets and swinging balances
and closing my fist 
And everything ceases to exist
But my hand
I felt tired
Too tired to destroy anything

19.10.15

that was when I realised my life would never be normal 

name your bullets wisely

Por uma ou duas vezes cruzei-me com o amor, sendo "cruzar" uma palavra talvez polida demais para a ocasião: duas ou três vezes lembro de ter acariciado um gatilho de armas antigas enquanto explicava as histórias, quase mitos, de batalha. uma noite, enquanto quase todos dormiam, todos exceto por mim e meu coração curioso, vesti minhas pantufas, peguei minha lanterna e fui até a sala onde, delicadamente, feito fosse levitar das paredes, estavam emparedados todos os armamentos, escolhi a mais leve, uma pequena pistola que ficava logo abaixo do imponente rifle. caminhei até a entrada do bosque e, em um só suspiro, atirei duas vezes para o nada, nascendo no escuro um som sobrenatural, aterrorizante, o som que acordava os velhos restados de seus pesadelos de guerra, como ecos de grito presos ali dentro daquele tambor de seis balas. 
voltei para o quarto, voltei para a cama, no outro dia comentavam sobre o estrondo da noite passada, mas não dei um pio.
hj sei que de alguma forma aqueles dois pedaços de chumbo vagaram por aí, rasgando carne, madeira, osso, tempo, e voltaram exatamente para o meu peito nos dias de Andrea e Luiza

17.10.15

i miss u

whats the point of everything if nothing really moves me?

merda

eu quero você
 como o inverno implora pelo verão

it hurts me how much i love u

I wanna fuckin tear you apart

wish u were here

i miss u on the taste of things

14.10.15

sabe, olharás assim de soslaio, como que sem querer ver que de fato ansiava para olhar; e dirás, assim sem mais nem menos, que aquela festa cocotinha cheia de gente que se orgulhava de suas semelhanças, o meio no qual você, explicitamente orgulhos nao se encaixava, aquela festa ja tinha dado o que tinha que dar. Algumas caipirinhas de vodka importada, um arranjo de mesa de exoticas tulipas laranjas e um dolorido demain de pés no gelo de tanto salto alto. Queria a sensação de uma chave que encaixa na fechadura exata, o cheiro de estofado do hall. As pantufas jogadas debaixo do sofá onde adormeciam deitadas umas sob a outras as páginas de "Demian". Queria banho quente e desenhar uma cara melhor na fumaça do boxe. Depois deslizar entre os lençóis, finalmente despida, os pés gelados para fora do colcha ouriçando levemente os mamilos que encontravam-se livres para experimentar outras superfícies que não as rendas ásperas do sutiã. 
chorei porque você não podia estar tão ali quanto eu queria que estivesse
e porque quando olhei nos teus olhos
demônio gato
eu quis cuidar de você
tal o jardineiro rega as pedras.

stop whining

its useless
anoying
and it aint taking you nowhere
what am I doing to myself?
Is there a museum for broken people
Where schoolkids go
To learn about love?
pull a chair and talk to me
I have nothing left to say
So I decided to say whats right

trip and fall and trip again until its deep enough
to fall no more
and then you lay down
lay down and wait like an animal
pull a chair and talk to me
I have nothing left to say
So I decided to say whats right

trip and fall and trip again until its deep enough
to fall no more
and then you lay down
lay down and wait like an animal
esqueci como é sentir falta, tudo que me vem é desespero
Its okay to eat fish cause they dont have feelings
you think you got it all solved out 
just because the walls are strong enough to keep you inside
Falling, yes I am falling at the deepest of holes
No vacancy
Low and wet
I cant forget "love" written on every wall
And all I did was fall

13.10.15

um dia sem expectativas nem anseios nem angústias, quase inexistente se não fosse a impossibilidade de não vivê-lo.
veja a raça humana
baratinando no tempo dos deuses
jogador no planeta mais solitário
com o mais solitário dos músculos 
o coração 
animal em extinção

12.10.15

saudade

tem um jeito de te falar das coisas q sinto que não seja gritando? 
que saudade de ser sua
dos teus olhos me acariciando pela luz bem mansa
suculenta vontade crescendo nos teus dentes
e nos teus lábios rosados 

11.10.15

ive been loving u too long

so come down from your cloud
come down for me

10.10.15

hj

i hate everyone for not loving so much 
hands of fate 
pull your white blanket over my eyes
let the breath of the earth be held
just five seconds of peace

hj

oh youre nothing but a snail with dreams of speed

my kids

my kids will know how much i lover their mama
and that theres nothing in this world that can bring them down
but themselves

she's over bored and self-assured

não vai e me deixa aqui
em plena crise de abstinência; 
às vezes leva até mim mesma


about a girl

quando você passa
tudo ganha graça
até essa rima antiga

é um dom mesmo

i wish i could belong somewhere like that, like clouds belong to skies and people fit into each other, but im always too much for anything

in you

not numb
occupied
no show
again

inside
so safe
not lost
again

i cant deny sometimes my thoughts disturb me
but not as much as you

no number
no self
no one
but when?

we live to die and die for love
but i can never tell the difference in you


sometimes I know my heart is deadly

meu deus como eu te amo e como isso não cabe em nada, nem mesmo em você. 

im alive e vivo, muito vivo

terminou o inverno dos ursos
afiar os dentes
pro sorriso

how deep is your love?

eu amo demais as pessoas

today

eu amo demais as pessoas e esse vasto sentimento inabitado que toma conta de mim é como cultivar um deserto.

morning

é você e não tem jeito, o reflexo do sol nascia nos teus olhos cansados pois já era dia, tá muito frio, que horas são?, meio dia e vinte, fudeu meu amor, fudeu, to morrendo de fome, cadê o cardápio meu amor? tu levou lá pra baixo num foi? tu é uma fofa.

Luiza

oh beast
have you eaten away my arms
and swollen all that I carried in it
um so ugly it blinds my faith
um so ugly it blinds my faith

Luiza

olhava nos teus olhos de diabo caramelo
atentando meu peito como a migalha atenta o faminto
teus olhos de sugador
pretos de tantas almas
que ali ficaram
pela última vez sorrindo
eu te amo e isso me dilui em algo bem mais denso que a vida
eu te amo e eu me perco nesse verbo
sem mapa, sem endereço de casa
nem casa
nem 

7.10.15

carta para mim mesma

você exige demais da vida. vive escrava dos seus pensamentos como um andarilho é preso às ruas: acha que eles te trarão glória, fama, sucesso. acha que chegara onde deus sabe onde. a menina, menina mesmo, sem identidade de maior e sem sexualidade definida; você não sabe o que quer, a não ser olhos. quando te falta a atenção, pensa demais e logo vem à tona teu problema, que é nenhum, na verdade, e muitos para ti. 
afaste-se dos outros ainda que tudo que desejas seja o contrário, quando nas tuas crises de angústia te faltar ser vista. afaste-se para lembrar de fato o que és: nada. nenhum impulso brota tão intensamente quanto aqueles que surgem diante dos outros. não te aceites, menina. te aceites, e serás escrava sempre desse eterno arrependimento que é tua vida. não serás nada, nada além de um espelho carente de reflexo. o mundo lá fora não te toca, teus pés no chão não sentem o chão frio, mas importam-se apenas com as pegadas que deixastes. queres ser memorável, não é mesmo? como é pequena, a menina. como te esmaga essa ideia de grandeza que jamais brota, sempre a semente do quase e nunca. 
nesses dias que passam, tua fidelidade foi pouca a ti mesma. o que transcorreu foi fruto de que, afinal? de vontades ingênuas ou de puro medo, o medo que vejam de fato o quão raso é o teu brilho? mais uma vez te digo e não falo nada, mas como essa carta é apenas nossa, creio que entendas as entrelinhas, afinal, é nelas que passamos grande parte do nosso intolerável tempo sozinhas. a vida te distrai e distraindo-se, voltas a encenar para quem quer que seja. sim, sei o que pensas, mas preciso dizê-lo; acabou mais um ato. fuga para o norte.
no momento, não sabemos de nada. de nada mesmo. se recorremos ao passado, sabemos que muito do que vem à tona na superfície da mente é fruto de tuas armadilhas mentais. por exemplo, há tempos que falo e nada digo. 
você tem medo de você, você tem medo de terminar sozinha em algum calabouço da sua vida, ou etérea em mais um castelo que fantasiamos juntas e que juntas destruiremos. por que pensar? eu não sei. 
livre-se dos outros e deixe que sigam sem tuas interferências infantis, desejando ser sempre esse centro sem eixo. você vê a estrada pronta antes mesmo de calçar os sapatos e ainda ousa dizer que foi tudo acidente? não, com você não existe o espontâneo; é tudo planejado e revisado e revivido. como te dói ser assim, eu sei, mas tua dor não deve nunca justificar as atrocidades que fizestes. a mão cansada não justifica a queda da espada sobre a cabeça dos inocentes. e mais uma vez, não dizemos nada. 
tua mente se fecha no instante em que a consciência se acende, mostrando por dentro todo o vazio que existe e cada canto inabitado de ti é uma sombra do desejo de ser vista. criamos tantas cortinas, criamos tantos empecilhos, somos bruxas, eu e você, só eu. o desejo de ser profunda é a prova do quanto és rasa. 
volto a te escrever quando não estivermos mais olhando, quando conseguir afastar esse vigia incansável que não nos permite compartilhar tudo que sabemos. 

i am sorry

for running wild against everything you struggled for, for killing peace and then cleaning the knife on your shirt.

maria

não deve ser tão ruim assim, ser alguém. o problema é se esse alguém for eu. 

histri

tenho medo do quanto dependo dos outros, questionando minha própria existência longe dos olhos alheios.

dormir no almoço

não quero encontrá-los, assim perderei-me novamente; não que eu esteja encontrada, não. apenas me dói o quão sou facilmente entretida, facilmente sorrio, desempedrada no primeiro olhar e então acabou-se; torno-me escrava de suas presenças.

seagull woman

one day we chance from children into people
one day she went like a seagull woman

6.10.15

have you ever seen a man shot without bleeding?

I was nine years old the first time i saw blood unvoluntarily come out of me. 

At the heart of things

I am here where it beats louder
Closer to the sin
I am drowning soundless
I dance at the heart of things

verme

eu sou um verme, um inescrupuloso, mafioso verme, sem pena da maçã, sem medo do inverno.

5.10.15

virginity packt

não me caso mais com virgens, virgens que a vida nunca as fodeu

10con

descontentamento: aperte-me em seus braços e me diga se também não sentes todos esse espaço sendo ocupado insensível. 

10ne

você quer se apaixonar de novo, mas pelo mesmo que agora desfazes. preciso me reinventar? para que teus olhos sejam dignos de pousar em mim? minha pele, trem de pousa, pista ferida dos cavalos mancos, eu? traçar com os dedos um novo X na terra batida e gritar "pula"? eu não. desnecessário.

not

nadou até a beira, repousou os braços sob o chão de cimento batido, depois; desejou o submerso, desejou não sabe que haviam superfícies, odiou profundamente a piscina rasa, quis desfazer-se aos poucos engilhada, desmembrana.

leonina fraca

sente-se às margens dessa deusa e sinta seu respirar sagrado invadindo sua solidão desraigada. a leoa corre, avança, enforca a prole pelo pescoço e traz até o ninho, quase mortos, pra acordar e caçar. 

amanhã o corpo

amanhã eu acordo e as dores dos outros tem hora marcada num consultório sem janelas, sem ventilador, o único ar novo é aquele ar moribundo que sai da boca do paciente antes de anunciar as novas e velhas mazelas do corpo. é como um caixao para os vivos, o corpo.
puxo as linhas, as donas linhas transparentes, quase imperceptíveis não fosse o que pende na ponta, ausente, rebento, linha fina partida 

vinco

antes de escrever, sou o vinco na folha imaculada. a cratera na barra da camisa de seda, perfurada por estranho objeto incendiário. queimou tudo de vestir, menos a pele, o mais inseparável dos adornos, totalmente desnecessária. 

saudável

new age concert, você aplaude de pé e eu te aguardo sentada, sentada no colo da minha paciência que já beira zero de tanta ignorância.
eu escrevo pra não ter que falar pra eles o quão desnecessários são suas opinioes

o mundo

não choro mais, você disse pra mim. que estranha ausência se acomoda nos parques das cidades, o vento rodando os giradores como as almas das crianças, os balanços rangendo os dentes doloridos de tanto mastigar o dia até chegar a noite com o silêncio abafado dos tímpanos pressurizados. já não escuto mais o que dizem, apenas sei que roda sob estranhas inclinações e forças que não entendo, o mundo.

Luiza

você queria seu nome no título e o meu embaixo, na mesma capa, meu nome de autora e o seu de obra. mas não desdobra mais o fio da história, empacou e quando puxei, havia nada no fim da linha a não ser um rebento indicando o que antes havia de haver ali.

hein

deste lado de cá, de quem sonha tão triste acorda, morrer é não acordar nunca ou dormir cedo demais?

o dedão do pé

vem cambalear nesse tropeço de mar morto, quase uma sereia se não fosse os pés descalços e os dedos avulsos, despontados em todas as direções que o pé teima em não seguir. a linha é clara, a estrada é reta, quem mandou nascer unha do dedo do pé e levar topada na testa?

caetano

Caetano, tu quer pera? quer pai, pedra, palmeira? quer xerem de almoço com leite de coco? quer uma rede trançada na mão? deita aqui calado, faz careta, chupa o meu dedo mindinho: se derreter, é teu. 

fine

eu não acredito nos outros, talvez por saber em mim mesma que garantias nada mais são do que incertezas ainda confusas, fins ainda não finados

fine

deve haver um lugar onde as coisas se findam tranquilamente e sem questionar o que veio antes daquele momento. 

rattle

costumava arder embaixo da minha pele uma camada de ausência, eu sentia tanto, era tanto amor, meu Deus, eu sei que amei. preciso permanecer grata pelo que foi, ainda que segure a carcaça do desvivido em minhas mãos? preciso mesmo ser grata por esse invólucro? ou deveria sacudi-lo como a cabeça dos loucos, como o chocalho da cascavel anunciando um ataque disfarçado de mato e música mexicana barata?

dias

é um dia quente e uma noite agradável. e o intemperavel tempo, essa lesma morna que nem passa nem morre.

eu vou embora

peço desculpas de antemão para mim mesma lá na frente, por saber tudo que sei e insistir em esquecer, para que assim leve a vida da maneira mais madura que se tem que levá-la. aguardam ansiosos no final, com flores e um sorriso de vitória: você sobreviveu. 

vive às custas de um talvez

finge ter fé, vive esperando o milagre. basta um pé atrás do outro e o embalo dos passos que se segue, saia da inércia. eu não sei mais dizer o que quero ou eu não quero dizer mais nada?
você quer saber uma história engraçada? 

esperar dona mulher da foice

trabalhar, dormir, comer, casar, qual o sentido? nenhum, não é sentido. pra cima é norte, pra baixo é sul. ou não. vire 180 graus e tudo muda, mas a pergunta persiste intransigente: qual o sentido? eu não aguento mais acordar todo dia e ter que olhar no espelho pra saber que continua tudo a mesma coisa. look up, look up; thats what the spirit guides said. 

sputnik sweetheart

Maybe, in some distant place, everything is already, quietly, lost. 
quando foi que minha pele engrossou? era como um homem coberto de queimaduras profundas, sem uma pele para protegê-lo do mundo, totalmente exposto aos olhos crus. sentia cada gota molhada de chuva como um banho de ácido; afogava-se de ardor. era o sol também, inimigo. e a brisa, e os odores fortes, e a línguas dos cães, e o choro forte do bebê. tudo é ameaça para quem não tem defesa. mas
havia engrossado a pele, a finalmente pele. depois de tanto viver, acumulou um pouco de todas as experiências tão sentidas e deu que formou-se uma fina camada furta-cor das coisas: era poeira, raio de sol, cheiro de cigarro, resto de parede, sangue. era uma fina seda perolada, sem cor de pele nenhuma. quando foi que minha pele engrossou? e sentiu novamente o calo nas mãos, 

makes sense

and maybe thats what we get for giving out our hearts
we become heartless

your love

me, the dog and the moon
strange things have happened to me
but nothing as crazy as love
i know how to remember 
but i can never feel it again
its like the national anthem
from a foreign hellish nation
but
sung with your tongue