15.5.16

quem puder doar uma lata de leite ou fraldas

13.5.16

olho molhado

milo est né le 10 mai a 5:33 :)

12.5.16

um dia pesado no trabalho, muita gente morrendo como os vivos costumam fazer, muita gente muda e mutilada e sem amor ou com amor demais, e você absorta em uma perspectiva alheia, distante do imediatismo de todo aquele drama, desejando apenas o fim do expediente e um role até o paiva, vidro abaixado e o barulho de vento no ouvido, uma tentativa de me sentir em algum lugar remotamente seguro e distante daqui.

boa noite, qual o posto mais próximo?

em gaibu, moça. 

(beleza, deve dar até gaibu, pode ser que não de mas acho que vai dar, eu vou)

::gaibu::

velho, fudeu, o posto tá fechado

q q tem?

q q tem q não tem gasolina pra voltar, apenas

oxe como assim????

eu perguntei lá na entrada do Paiva qual era o posto mais próximo e me disseram gaibu, 

THIS ISALL CRAP I HOPE YOU DIE FOREVER
já nem lembro o que ia falar, foi uma noite boa apesar de te-la passado quase que inteiramente em minha própria cabeça onde não havia ninguém e o meu próprio diálogo interno era mais interessante que qualquer outro som emitido nesse universo de kikikis e prrrrrs. 

coming thru in waves

um longo silêncio e depois, muito depois, sua voz de nascença, aquela que não sabe falar, que chora pelas necessidades e que caga sem controle. 
a voz que você escuta agora não é a minha voz de falar, mas a voz da minha consciência primitiva liberta da obrigação de ter que se expressar. se você não quer saber, não pergunte e não leia. não há nada no mundo que me acalme, me anime e decepcione quanto poder ouvir claramente meus desejos irrefreáveis, sem a censura idiota dos outros. confie em mim, não há nada a almejar para querer sentir o sublime som de suas próprias palavras; seria muito mais uma desconstrução minuciosa de toda merda extra e supérflua que foi anexada à sua pessoa original, como acessórios e efeitos musicais indispensáveis que abafam o barulho de fome num estômago faminto.
my bones are shaking under so much destruction, why dont they ever crack for everybodys sake?

ainda outro ceu de chumbo, as magoas flutuam em exaustivas remadas mas não morrem. numa era onde quase todos enxergam apenas a si próprios ou as falsas projeções de si mesmos, respiro aliviada por não ser vista e fecho os olhos para encarar sozinha a constatação do escuro: sou uma pequena mulher confusa e sem sentido, sem grandes ambições devido a minha incompetente mãe que gerou mais um ser sem talento nesse planeta já abarrotado de pessoas comuns. não há nada mais medíocre que caber em si mesmo. e de que adianta os remédios? para tornar mais suportável essa vida medíocre a qual estou fadada. um emprego comum numa área financeiramente estável, um carro que leva e trás sempre à lugares dos quais me arrependo ter ido, uma casa própria onde como meus dedos compulsivamente esperando o fim da solidão, bem independente, não? humildade. paciencia. resiliência. virtudes hilárias e entediantes, o mais novo desafio de uma geração que gasta seus dias tentando ser melhores quando seriam muito melhores se fossem apenas quem são, sem tanto yoga, sem tanto inibidor seletivo de recaptacao da serotonina, sem tanta aversão ao drama inevitável que é acordar e constar sua própria existência fudida, mais uma vez.
clean sheets for dirty lovers

some people

no matter where they look, they can only see themselves

10.5.16

requiem for my heart

há dias e dias e parecia que tinham calado uma das vozes da minha cabeça, aquela vozinha irritante que questiona tudo e te bota pra baixo baixo baixo like radio static and i cant write from all the noise

1.5.16

dont listen to the static
chove, chove, chove e é meu ultimo cigarro. im so fuckin high right now & i got huge boobssss

theres this jazz music playing on the background of my mind
há cinco dias não cago, dont give a shit, literalmente e não literal. um cigarro pra esquecer 
people mutilated by love or no love.

dissociação, falta de amor próprio, raiva, raiva, mutilação, mais amor, outro corpo, mesma raiva mesma raiva