25.8.14

today

there are walls and once you press your shands they slide like doors. we fall in love with possibilities, I fell in love with the wrong possibilities of you. it is never enough, no one enters the skin and I can't leave it either.

23.8.14

Margolis

I was uneasy all day long
and no pill and no cigarette helped me out today
I hope he said yes and I hope it echoes.

richard siken

eu tenho trechos de poemas pra mandar mas não tenho quem os receba, algo assim dizendo "and the man threw his sadness away but he still had his hands."

22.8.14

just say you will

you wanna rock my boat, its ok, its ok, this is my river too
and I can float on forever.

stay awake

i dont have a skin like you do, to keep it all in like you do.

21.8.14

eu não sei mais

se eu te disser que te amo, preciso dizer também o que fiz ontem a noite com um estranho? ou o que basta é o amor?

20.8.14

who are you?

im a little girl in love ♥️

17.8.14

hoje

há uma sede em mim que por vezes chora, sem derramar uma gota

16.8.14

as memórias

as memórias devem ser contempladas como paisagens distantes de algo que foram, à distancia, sem qualquer proximidade que seja, vistas pela ponta errada de um binóculo, para que haja tempo de correr caso resolvam montar a galope e aproximar-se como se estivessemprestes a acontecer novamente.

no mam,

home is where your heart hits the wall and sits back in your chest.

sobre a vida

life is a joke but you only get it at the end.

é como ano novo, só que no meio do ano

o sol vai nascer a qualquer momento e me falta o intelecto para descrever o momento
embora no peito nasça uma pedra vulcânica de erupção que ninguém viu.

julia

- porra, misturou o md com o doce e a porra do pó que rafael cheirou
- caralho, calma po, fica calma que vai ficar bom
- não velho, exatamente isso, ta do caralho agora, o problema é que isso poderia durar minha vida toda e não vai!!

Charlie

unicórnios são mitos que carregamos em nós mesmos.

youyouyouyou

well I've seen your face again and it shocked me how much you looked like yesterday. 

do what you want

fecha os olhos
paraaaaa
vai, fecha os olhos e escuta esse refrão
lá vem tuas bichadas...
agora imagina ff atrás de tu se esfregando e fazendo o que ele quiser

balde & julio

que demora, eles foram transar ou dormir?
acho que transar e depois dormir :)

pompei

sim, se você fechar os olhos pode ser que pareça que nada mudou, ou no máximo que a mudança foi prevista, ou expectada, as vezes até desejada, se você os fechar forte o suficiente.

mas não

se as pessoas tivessem o tempo, como o tem as borboletas, de se preparar para ser o que se é, ou o que será, ou o que quer que seja.

14.8.14

as línguas se estalam ao dizer

as pessoas falecem, se vão, batem as botas, passam dessa pra melhor; de forma mais simples, elas são atropeladas, súbita ou lentamente, pelo mesmo mal que não ousamos dizer: elas morrem.

e o que fica é sempre um espaço morto a ser preenchido pelo que der, veja bem, pelo que der, pois nada mais caberá ali novamente. 

had i not loved before, i could swear i was a virgin

eu não sei do seu corpo, não entendo o seu sexo, embora entenda de corpos e de sexos, mas não o seu porque o seu faz de mim uma menina branca, imaculada, suja apenas na cabeça.

livro

como num livro em que a história vinha se repetindo e repetindo e repetindo incansavelmente, as palavras aos poucos se escrevendo em minhas mãos, quando então me lembrei: falta passar a página. 
agora há um deslumbre branco e uma caneta inexperiente e daqui em diante, a história é minha.

ffffffffuck

tenho contemplado uma vida dentro de minha própria, como se houvessem injetado um veneno vivo em minhas veias que corre lentamente, aveludando com fogo todo o lado de dentro, doce que sinto com todo o corpo, feito tivessem crescido papilas gustativas no interior de todo interior e eu não passasse de uma menina sendo chupada por um pirulito.

ffffffffuck

tenho contemplado uma vida dentro de minha própria, como se houvessem injetado um veneno vivo em minhas veias que corre lentamente, aveludando com fogo todo o lado de dentro, doce que sinto com todo o corpo, feito tivessem crescido papilas gustativas no interior de todo interior e eu não passasse de uma menina sendo chupada por um pirulito.

smile, it's a trap

você que está aqui o suficiente para poder ver meus olhos de qualquer ângulo, presente o suficiente para achar que de fato existe, ou que existe para mim, pelo menos, que posso te ver também. mas, não. esse é o centro de uma extensa e longa teia traçada minuciosamente pelos meus desejos, uma teia que estende-se até os cantos mais escuros de um pensamento e que corre por trás de minhas pupilas ilusoriamente dilatadas como se visse algo de interessante. não, o interessante está dentro e no final, lá no fim da intenção de toda teia de aranha: to trap.

12.8.14

ansiedade

é como se alguém tivesse disparado um tiro e todos aguardam o pousar da bala, mas ela não tem fim no ar.

ei você,

por que a pressa se não sabe nem pra onde vai?

9.8.14

lisboa

há um silêncio peculiar ainda que tudo pareça um grito contido.

amor

cerre os olhos um pouco mais, isso, mais um pouco, e aí quando estiveres cega talvez entenda o que eu digo.

8.8.14

go

I wish I could start over and just forget every single time I erred the same mistakes, but it is there every time I look at someone, I can see at the back of they're eyes the same look and it says "well, when's the next disaster coming?"

7.8.14

Sérvia

in an orthodox country doing unorthodox shit 💙

duka

você diz que eu não sei o valor das coisas, que eu não conheço o trabalho por trás do dinheiro. você sempre me deixava ganhar quando brincava de xadrez (isso; brincava; se fosse jogo, haveria perdedores), e tudo isso fica explicitamente evidente no fato de te culpar por minha incapacidade de lidar com a dualidade da vida. eu sei que há luz e eu sei que há sombras, apenas não aceito que ambas devam ser simétricas.

4.8.14

foda-se

o cara mais engraçado do mundo ri até hoje da sua melhor piada: o primeiro amor nunca morre.

lesson #1

you must never cry kid, never, not even when the tears fall.

3.8.14

boa noite

o desejo suicida surge todas as noites, pontualmente. 

2.8.14

tenha sempre ao alcance:

1. um bom livro
2. caneta ou lápis e papel 
3. um hipnótico (não-benzodiazepinico, de preferência)
4. a possibilidade de uma chamada a ser recusada
5. o silêncio imediato
6. uma janela aberta (de preferência de qualquer andar acima do 5o)
7. um plano B

o abandono #1

porque na fronteira entre um pais e outro, o pai não deve gritar com o filho que ficou pra trás.

eu

e assim que voltar, uma academia de urgência, quero ficar linda, eu, eu, eu, quero começar toda frase com esse pronome pessoal do descaso bem reto, sem ver mais ninguém, eu, quero ficar bonita, eu, quero me envaidecer de mim, eu, passar horas no espelho mirando nada mais que eu, porque quando a morte calhar de acontecer, quero que ela saiba que eu me preparei sozinha.

que abuso dessa gente que viaja e esquece.

não me diga que tenho que estar feliz porque estou viajando, como se o problema fosse Recife. o problema sou eu, e seja em Lisboa, em Belgrado ou na puta que me pariu, ainda estarei aqui.

a vista da janela fala mais do que qualquer livro, e basta um passo para o silêncio imortal.

jamais no veremos de novo, a não ser que tenhamos o azar de dividir o mesmo inferno
antes de se infernizar na próxima
vida.

da doce mecânica do choro

meus últimos choros tem sido tao pontuais quanto as ultimas menstruações, e ainda que não pretenda engravidar nunca mais, o sangue tem que descer por conveniência e fisiologia, da mesma forma que meu choro nada aborta, sendo uma lágrima oca e desprovida de qualquer alívio, ou sentido.

o avesso da pergunta "tudo bem?"

que engraçado, você olharia pra mim e diria de certo que não mudei nada, e olha, acho que até te agradeceria por isso, por essa cegueira indiferente, antes aquela merda conhecida do que essa loucura nova, muito pior, muito mais muda, aprendeu a ser discreta, aprendeu a gozar em todos os corpos, eu não tenho mais tanta frescura, nem medo, me tornei essa coisa seca, sabe? mas só sabe mesmo quem vem a mim com sede, e de sede morre.

berlin

oh, darling! won't you keep on trying to ruin my favorite city in the world for me, I beg you do, please do! 

discrição

sejamos secretos sobre o amor, assim como sobre a insônia e os motivos que trazem a insônia, e as pessoas que trazem o motivo da insônia, e por que não o amor ser motivo de insônia? mas que pergunta besta viu, ô meu filho acorda pra vida, mas seja discreto também.

olha ta aqui o que eu te diria se te encontrasse agora em algum lugar, mas não.

dea, que saudade de tu! parece que faz anos embora tenha quase certeza que há umas três semanas nos tenhamos visto, mas enfim, tas tão bonita, na verdade vocês duas fazem um "casal massa", como disse bruna coutinho, e é verdade, faria as duas facilmente hahahaha, brincadeira vai, mas sério, porra que massa que tas com uma câmera digital, qual o modelo? eu era puta contigo visse, pense que eu tentava fazer essa menina gostar de alguma coisa,mas graças a deus vingou né, antes tarde do que nunca!, meu novo lema de vida, "antes colar grau depois do que nunca né?" hahahahaha, pois é, mas conta aí, só eu to falando, como vão as coisas lá na tua casa? tua mãe aloirou muitos viagem? deve ter sido massa po, sonho um dia em ter isso pra mim também, mas ta difícil né, se bem queria difícil pra tu também, toda noiada e agoniada c essas coisas, pena que não pude viver um pouco mais disso, mas acho que foi o necessário pra tu deixar de frescura logo e se assumir mermo, até parece que eles podem falar alguma coisa... e a família de luiza é massa também né? me enche de orgulho essa geração sapatão maconheira, é isso aí, comemorar os 18 anos com a namorada em amsterdam é simplesmente foda viu, ta de parabenzessss hahahahaha, e tu toda do bagulho agora também né, heeeeee isso aí, paz de jah, hahahaha que merda, mas bem, que massa vei que tas tao mais "livre" sabe? se eu fosse tu, estaria orgulhosa de tu, assim como estou mesmo não sendo você, maaaas se eu fosse, estaria também, e é isso, tenho que ir, minha vida umtimamente tem parecido aquelas companhias de shopping Center que você desvia o olhar por um segundo e a do vê, já se perdeu dela, enfim vai lá, beijao, por favor aparece no enterro, vou pedir a alguém de confiança que te avise ta? andrea + 1, eu sei, HAHAHAHAH, vai vai, sério, beijo!

o insensível desvio das linhas retas ensinados na escola

desenhe uma pedra e, no lado esquerdo do que deve ser o lado esquerdo de uma pedra, desenhe um coração da forma primitiva dos pre-escolares, entortando uma linha reta em três quinas redondas. agora deixa a pedra sofrer em paz.

aos que não sonham mais, deliram

a minha camisola tem uma trama de pequenas insônias que visto toda noite e rodo, rodo, rodopio até que a barra da noite alce voo e eu seja o centro do tempo perdido.

ao redor tudo passa

foi por ter medo que resolvi ver, para ver se deveria de fato continuar a te-lo ou se morreria o medo quando eu resolvesse olhá-lo de frente: deu-se o seguinte, meu amor, você não me assusta mais, os pais com seus discursos moralistas e autoritários não me assustam mais, a vida na sua indelicada pressa não me assusta mais, as noites foscas não me metem medo; estou aqui no mesmo lugar em que você estava quando te vi, lá de longe, e tive o último ataque de pânico. estou aqui sem saber se pisei em alguma das tuas pisadas, sei que estas feliz, até sei onde estais de fato, e isso não me assusta. ultimamente me tornei uma pessoa distante e tão minha que não poupo mais a mim mesma e por isso assusto; engraçado ver meu pai com medo de mim, por uma vez na vida, escolhendo o tom para perguntar se levarei maconha para viagem, e eu dona da resposta e a resposta pode ser a que eu quiser, como é nova essa sensação tirana, a resposta é minha, ainda que não seja a verdade, ele se treme de medo porque ele apenas aguarda a ordem, a palavra, e eu escolho o que será dito. sim, estou distante de tudo, e à distância tudo é mais tolerável, à distância as pessoas se apreciam em fotografias onde, de tão distantes o olhar, nem presentes estão. mas eu estou presente em todo canto, com um desejo louco, e não faço uso da palavra por licença poética não, faço por justiça, desejo louquíssimo de remar a ré desse corpo e afastar-me cada vez mais da costa, sem direção ao oposto, nem a nada: eu quero a apatia dos dias em que ninguém foi a rua, quero ser a exata folha de um dia qualquer que de tão inútil, permaneceu afixado ao calendário, não valeu a pena o trabalho de esperar o próximo pois o próximo já era e eu desaconteci em becos vazios, chuva e câmera lenta.

1.8.14

♥️

foi uma onda, uma terrível onda ouriçada, e uma ânsia faminta de pele, e em seguida todos os pelos eretos, todos os fios quentes e sedentos elétricos, eletricidade estática seca, esperando apenas o toque, esticando-se para receber, mesmo que sem querer, o toque, e dele eclodir uma nova onda, dessa vez molhada, um rio de nascente exatamente no ponto, corre, corre como um desejo sem fim para satisfazer, corre a onda e mingua o sexo e de repente explode na ponta dos dedos cravados e explode na garganta o grito, finalmente encontrando seu fim numa ressaca manda, quase morna, quase satisfeita.