19.2.17

gabri(ela)

sou uma cidade construída sob as montanhas, com dois rios que me correm, e depois pequenos riachos de ruas sem saídas;
as outras, mulheres, meninas, cidades autodestruidas e reerguidas, me parecem sempre tão mais fáceis, tão mais planas, habitadas;
e todo muro em que dois meninos se beijem, deitados na vertical da vida, tão jovens e descontrangidos,
qualquer muro que não sirva de cama aos que amam em pé,
por favor, saia.

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