18.2.15

carnaval

é uma multidão de gente, de beijos sem expectativas, e você se vê a distância, lentamente sendo engolido por aquela massa humana; você pensa em todos os lugares em que você poderia estar sozinho agora, confortável numa poltrona em frente à janela com um livro entre os dedos, quieta na penumbra de um quarto ouvindo tudo sottovoce, qualquer outro lugar vazio, se apenas você soubesse ser sozinho, se não fosse tão agonizante a falta de alguém, poderia evitar essa solidão em massa e os desgastes do dia seguinte. 

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