27.3.17

descobrimento das coisas banais

descobri que tuas mãos tremiam pois nelas haviam fios atados, transparentes, segurando marionetes de gente. teu tremor era uma dança dos meus pés cansados. agora eu entendo, posso dizer.
agora eu enxergo. agora eu sou livre.

cruzei os dedos numa promessa e numa tesoura que cortava qualquer verdade do que eu disse antes; nada é garantia de nada, promessas são compromissos procrastinatórios, palavras vencidas no próprio hálito da boca.

tuas mãos e as minhas, tão necessárias. 

Nenhum comentário: