27.10.15

Luiza

Sinto tua falta desde o primeiro abrir dos olhos até o último bocejo na noite inquieta. Acordo com uma injeção fria pela espinha, um líquido gélido e viscoso que me lembra exatamente onde estou: aqui sem você. Sei que é para melhor, principalmente o seu melhor. Não sei porque insisto em destruir tudo que amo, quase que destruindo a mim mesma em dobro. Garotaria de ter a resposta para essa e tantas outras perguntas, mas talvez isso seja a vida, esse eterno acontecimento do nao-saber. Sei que cada segundo que passa fica um pouco mais eterno, e que cada pequena eternidade dessa parece uma vida longe de ontem. Gostaria de cortar minhas maos e dá-las para que você as beijasse e me dissesse que está tudo bem agora, que elas não machucariam mais, mas ainda teria a culpa que mao nenhuma carrega.

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