1.4.14

difícil

amor eu sinto a sua falta, e a esperança nem assim morre.
preciso voltar aos remédios, não ta dando mais, não ta dando pra levar a vida com os pensamentos ruminantes, com o frio constante que desce da cabeça, e esse medo, o pior de tudo, o sem hora, o atrasado, o sempre e assustador medo.
os buracos que há tempos não apareciam, as quedas abruptas, um susto no meio do café da manha, um aperto no meio da frase, meu deus isso não é vida, é sobrevivência. 
além da tontura, tem também as fisgadas no corpo, a mandíbula travada, uma dor, um choro preso bem debaixo da língua e um rio entalado na garganta, um rio que flui sem nunca achar um mar, sempre nunca, sempre! 
acordo de noite procurando você, procuro você no instagram, volto pra dormir e não consigo mais sonhar, tudo se repete à noite e acordo pra um dia cheio de mais você, so que eu não quero, eu nem te quero mais, e tudo isso continua assim, sabe? 
não sei porque parei, não sei que estupidez corajosa foi essa, mas nunca é tarde, ainda da pra voltar, da pra colocar tudo de volta na caixa do peito e sorrir novamente pra esperança, pras portas abertas.
me desculpe, puxarei o tapete novamente, até logo.

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