1.8.14

♥️

foi uma onda, uma terrível onda ouriçada, e uma ânsia faminta de pele, e em seguida todos os pelos eretos, todos os fios quentes e sedentos elétricos, eletricidade estática seca, esperando apenas o toque, esticando-se para receber, mesmo que sem querer, o toque, e dele eclodir uma nova onda, dessa vez molhada, um rio de nascente exatamente no ponto, corre, corre como um desejo sem fim para satisfazer, corre a onda e mingua o sexo e de repente explode na ponta dos dedos cravados e explode na garganta o grito, finalmente encontrando seu fim numa ressaca manda, quase morna, quase satisfeita. 

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