10.10.15

Luiza

olhava nos teus olhos de diabo caramelo
atentando meu peito como a migalha atenta o faminto
teus olhos de sugador
pretos de tantas almas
que ali ficaram
pela última vez sorrindo
eu te amo e isso me dilui em algo bem mais denso que a vida
eu te amo e eu me perco nesse verbo
sem mapa, sem endereço de casa
nem casa
nem 

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