5.10.15

o mundo

não choro mais, você disse pra mim. que estranha ausência se acomoda nos parques das cidades, o vento rodando os giradores como as almas das crianças, os balanços rangendo os dentes doloridos de tanto mastigar o dia até chegar a noite com o silêncio abafado dos tímpanos pressurizados. já não escuto mais o que dizem, apenas sei que roda sob estranhas inclinações e forças que não entendo, o mundo.

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