13.9.15

as três da manhã vc fica tão só que escuta as engrenagens do mundo girando

lembra daquele dia na beira do começo? voce nao sabia, nem eu, mas estava começando, e voce nem eu sabiamos tambem do que se findava ali; na beira; 

lembra? 
carreguei com orgulho minha colecao de erros ate ali, segurando bravamente o estandarte de fracassos que usava como pedras para atravessar um rio, pedras movediças, minhas pedras de maria segurando meu fracasso acima da linha da agua e nao deixando que atirem as pedras em mim, pois sao minhaas, e nada podem contra mim se anuncio antes o fracasso com glória, ó! ó! ó! 

nao deixe que a vida te leve, escandalizada pela tua ausencia, feito um cavalo montado por um fantasma, assombrado pela solidao da sela vazia, a sela turcica vazia,

atente à superficie; é la que te direi o que queres ouvir, ate que evapore no fogo dos outros e volte na chuva mansa para dentro d'àgua; 

a sela turcica vazia, pousa entao uma coruja branca

la fora é cheio demais e aqui dentro mal me cabe



Nenhum comentário: