23.7.14

incomodo vivo

há um incomodo bem vivo ultimamente, anda cercando os momentos, por exemplo: ontem fui fumar com tito e matheus, nada demais, pegamos Belinha antes da auto-escola e fomos fumar um restinho de kunk de tito, e deu-se que no meio do caminho eu desisti, assim, como se fosse uma volta num brinquedo de parque e pudesse parar no meio, descer e vomitar num cantinho mais escondido. foi num segundo de falha que o pensamento veio a tona, e dai em diante espalhou-se incrivelmente rápido: já havia convencido meus pés de que não queria ir para lugar algum, que não havia nenhuma outra opção no momento que fosse melhor que a de ficar sozinho, e que deveria fazer o necessário para que assim fosse, ficar sem ninguém ao redor, nem de longe, deveria mesmo era pegar as chaves do carro em casa e se mandar para a casa de campo que há tempos não ia. paralelamente carregava uma conversa sobre as desgraças do dia, os desnecessários diálogos estabelecidas ao longo do dia pelas pessoas que se pegam, como eu, com o mesmo desejo súbito de solidão instantânea. mas, enquanto não podiam, enquanto fadados ali uns aos outros, alguém falava do trabalho, do chefe que enrabou o gerente e o gerente que enrabou geral, a hierarquia do come-rabo que começa la no topo e vem rolando abaixo, não escapa ninguém, tudo porque o puto do chefe bateu o carro na ida pro trabalho.

Nenhum comentário: