24.7.14

maçã & outras carnes femininas

eu aceito, eu enxergo, faço questão de ver bem visto mesmo que é pra ver se a puta da minha cabeça aceita de uma vez por todas que ela está feliz com outra & a mãe, no chiado, vendo bondinhos subir e descer, vendo as pessoas que passam, do jeito que ela gostava de fazer, de olhar aos outros sendo eles mesmos, eles mesmos trazendo os legumes pra janta, eles mesmos levando seus cachorros pra passear, eles mesmos recolhendo a merda do bicho, vejo tanto ela lá agora, sendo ela mesma também, de uma forma que tanto sonhou, imagino as três bêbadas, e tia Louise chorando as últimas decisões que tomou, falando depressões sobre a vida, mas rindo, como se fosse muito mais leve do que de fato era, essa vida, e ela bêbada cuidando da mãe, e a outra bêbada também, cuidando da filha da mulher que não estava bem, e logo tia Lou entendeu o valor de Luiza, pois era necessário uma pessoa amável para cuidar da sua filha que por fim, cuidaria dela. foram estabelecidos os papéis de cada uma ali, e tudo indicava que o três postos - a mãe, a filha & a outra - já haviam sido preenchidos pelas pessoas certas, e que a coisa maior poderia vir a morar nessa casa em poucos dias.

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