1.3.16

back to meds

volto pro remédio e então começa o pequeno despertar, uma euforia mansa que se traduz em pouco sono e taquilalia. dizem pra correr, pra evitar café e outros estimulantes, dizem que em dois dias vai passar, quando o corpo se acostumar à nova droga. me diga, quanto tempo meu corpo ainda vai ter que aguentar tanta readaptação constante? sinto que estou sempre me conhecendo e não sei o que dizer às visitas, sinto que às vezes não se trata de mim o que sou. insisto em desvendar o mistério de ser-me, às vezes adormecendo no fim da noite com a sensação de uma jornada intensa de trabalho, ainda que nada tenha feito a não ser: respirar, pensar, descobrir como agir em situações que requerem minha presença, estar.

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