1.3.16

blind

posso acordar e me perguntar "o que estou fazendo?" ou posso simplesmente permitir que seja.
assim, de olhos fechados, acordar e permitir que seja o que for.
posso esquecer tudo e acreditar que as pessoas mudam e que eu também mudei ou posso continuar presa naquele medo.
é libertador pisar fora do medo, mas sempre fica um pouco no rastro, por isso vou devagar, por isso limpo sempre meus pés antes de entrar em qualquer pessoa, para entrar em paz.
não quero mais manchas nos caminhos que traçar, não quero mais olhar para trás e farejar aquele velho e estranho sentimento.
quando penso que sei, grande parte das vezes eu não sei, mas quando eu sinto é sempre certo.
quanto mais eu penso, menos eu quero sentir e talvez toda essa racionalização seja uma forma de me poupar, de viver seguro.
quero trocar a falsa segurança por confiança
e se, por um instante no passado eu apenas quis, se por um tempo eu sabia possível,
hoje eu sinto que posso.

e
eu
vou.

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